Beiramar Shopping apresenta exposição da Associação de Amigos da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó

O grande empreendedor social, padre Vilson Groh, sempre afirma que é preciso criar oportunidades e encurtar a distância entre o morro e o asfalto, entre a centralidade e as periferias. Pensando nisso é que o Beiramar Shopping, apoiador do Instituto Vilson Groh, e a ACAM – Associação de Amigos da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó, promovem, de 05 a 20 de agosto, a mostra Mocotó em Cena, no piso L2. A exposição reúne 14 fotografias, realizadas com crianças e adolescentes do projeto, pelas lentes de André Quadros.

Integrante da Rede IVG, a ACAM busca promover reforço pedagógico, aulas de informática, esporte, lazer, cultura e assistência psicossocial para os seus integrantes, além de oferecer duas refeições diárias para cada um dos alunos. Dentre os projetos desenvolvidos pela ACAM, o Mocotó em Cena, que é um espetáculo cênico musical realizado anualmente desde 2013. O evento acontece a partir do desenvolvimento de diversas oficinas de expressões culturais, como música, dança, teatro e capoeira e tem o propósito de revelar vocações, garantir o acesso da comunidade a experiências artísticas e promover a inclusão social. Nas sete edições anteriores, as apresentações do Mocotó em Cena ocorreram em locais fechados e com grande público. Com as restrições de isolamento e distanciamento social impostas pela Covid-19, a maneira que a ACAM encontrou para viabilizar o 8º Mocotó em Cena foi apresentá-lo no formato de audiovisual. O projeto contou com o apoio cultural WKoerich, por meio do patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes. Com o tema “Meu Brasil Brasileiro: Resgatando a nossa identidade”, o espetáculo deste ano, roteirizado e dirigido por Paula Brinhosa, teve como base conversas com as crianças e com os moradores sobre o Brasil que existe dentro do Morro do Mocotó e a partir destas narrativas foram definidas as temáticas que apresentaram as diferenças culturais, religiosas, raciais, entre outras. O fotógrafo André Quadros acompanhou as gravações e, dos seus registros fotográficos, nasceu esta exposição. Com referências estéticas do cinema e da fotografia documental, buscou registrar a naturalidade dos acontecimentos, o que nem sempre é simples de se conseguir. Assim, que André buscou retratar as singularidades das crianças e adolescentes do Morro do Mocotó de uma forma autêntica, para além dos estigmas que a mídia transmite sobre comunidades em situação de vulnerabilidade social.